A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello,
se comprometeu a rever o convênio com o governo do Estado, dentro do
Programa do Leite no Rio Grande do Norte. Em audiência na manhã desta
quinta-feira, a governadora Rosalba Ciarlini fez nova solicitação para
que o governo federal use os mesmos parâmetros de repasse dos recursos
dos outros Estados. "Assim, poderemos equalizar a quantidade e o preço
do leite pago diretamente ao produtor", explicou Rosalba, relembrando
que o RN cobre 80% dos custos do programa, diferente do que ocorre com
os outros Estados que só assumem 20%.
Segundo dados do IBGE, o RN
produz 600 mil litros/dia. O governo do Estado compra 25% dessa
produção. Como a ministra adiantou que o Programa do Leite deve ser
modificado em todo o país, Rosalba propôs que se houver substituição do
leite in natura pelo leite em pó, que não é perecível, como o MDS
planeja, o produto continue sendo comprado aos produtores do Estado,
como garantia para a bacia leiteira. "Estamos em um período de seca e
precisamos, mais do que nunca, oferecer todo apoio à bacia leiteira",
afirmou, acrescentando que essa é uma atividade que dá sustentabilidade
ao campo.
A ministra Tereza Campello recebeu bem as propostas
apresentadas pelo governo com respaldo da Federação da Agricultura e
Pecuária do Rio Grande do Norte (FAERN). "O pleito do RN para fortalecer
a cadeia produtiva do Leite e Agricultura Familiar, é legitimo. Vamos
apoiá-lo porque interessa ao Estado e ao governo federal", observou,
anunciando a criação de uma comissão técnica com participação do governo
do Estado para examinar os critérios dos índices de repasse do governo
federal. A reunião está prevista para o dia 4 de junho, em Brasília. "O
Programa do Leite no RN não tem indícios de irregularidades e por isso
as conversas devem avançar", reconheceu a ministra.
As discussões
sobre o Programa do Leite foram acompanhadas pelo deputado Henrique
Alves; secretário de Agricultura, Betinho Rosado; e presidente da FAERN,
José Vieira. O assunto foi tratado em duas audiências no Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome. "Os ajustes no Programa
beneficiará produtores e a população", reforça a governadora.
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