sexta-feira, 21 de outubro de 2011

FALTA DE ESTRUTURA AMEAÇA PRODUÇÃO DE MEL

Apodi é o maior produtor de mel do Rio Grande do Norte. É também a partir desse município que é escoada a maior parte do produto colhido todo ano. Porém, mais uma vez, a falta de estrutura dificulta a vida das famílias e põe em risco uma cultura que já está consolidada na região. Mais que renda, a apicultura tem sido responsável pelo reflorestamento da caatinga.
O problema é que Apodi só dispõe de um entreposto para armazenar e comercializar toda a produção. Ainda por cima, o prédio, único com Selo de Inspeção Federal (SIF), está localizado na comunidade de Laje do Meio, a 30km da zona urbana.
A Cooafap, por exemplo, já produziu 180 toneladas de mel e, se não fosse o entreposto de Laje do Meio, estava impossibilitada de comercializar o produto. Outra que depende do centro de comercialização é a Cooperativa Potiguar de Apicultura (COOPAPI), que só em 2011 recebeu de seus sócios mais de 130 toneladas do produto. 70% mais do que em 2010.
Desde dezembro do ano passado, os agricultores receberam o prédio do novo entreposto de Apodi, localizado na estação experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), a 5km da cidade. Porém, o governo anterior não deu a contrapartida exigida pelo governo federal para que fossem implantados os equipamentos de produção.
De acordo com a Coopapi, desde então, um investimento de R$ 100 mil em máquinas está sendo aguardado. A dificuldade maior é que, como o projeto pertence ao Estado, só o Executivo pode fazer os investimentos. No início deste ano, os coordenadores da Cooperativa estiveram com a governadora Rosalba Ciarlini, que garantiu resolver a situação, mas até o momento nada foi feito.
Além de não ter entreposto, o Ministério da Agricultura reprovou ainda todas as casas de mel construídas na região, alegando inadequações nos projetos liberados por seus próprios técnicos.

Materia: José Paiva
Jornal de Fato

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