quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

MOSSORÓ ESTÁ TOMADA PELA MOSCA BRANCA



Pegos de surpresa. Foi esta a definição da diretora do Departamento de Projetos Paisagísticos e Urbanização, Nora Aires, com relação ao alto número de incidência do inseto conhecido com mosca branca. A diretora diz que pelas denúncias que recebem da população é possível verificar que "a cidade está tomada pelo inseto". Estudos, formas de prevenção caseira e ações de combate da Gerência Executiva do Meio Ambiente tentam controlar a situação - ao que tudo indica o problema pode se estender mais do que deveria.

Nora Aires enfatiza que a mosca branca é de combate extremamente difícil; mesmo com as ações de combate mais imediatas, será preciso elaborar um estudo de controle mais eficaz, especialmente para a zona urbana. "Até mesmo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem dificuldade de controlar esse inseto, que é considerado a praga do século. Além disso, nunca tinha aparecido na zona urbana nessa magnitude".

Por isso, segundo a diretora, a Gerência de Meio Ambiente vai reunir-se na próxima semana com técnicos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) para definir uma estratégia mais eficaz de controle.

A mosca branca se alimenta de plantas e não deve causar nenhum tipo de doença mais grave no ser humano, exceto algumas alergias. Ela é mais comum na zona rural, por se alimentar principalmente de alguns tipos de plantações de frutas, como melão e melancia. O mais estranho, para Nora Aires, foi o fato de o inseto estar se espalhando pelas árvores do tipo fícus, muito difundida em Mossoró. "Este tipo de árvore era conhecido por sua resistência, não era do nosso conhecimento que a mosca branca pudesse se espalhar com o fícus", disse.

Para o professor especialista em insetos da Ufersa Elton Lúcio de Araújo, a recente estiagem por que a região do semiárido potiguar passou pode ter contribuído para a formação dessa quadro. "As altas temperaturas podem ter aniquilado temporariamente os inimigos naturais da mosca branca, o que pode ter ocasionado o aumento da população do inseto. Mas não se pode descartar a possibilidade de que esta espécie que está atacando a cidade seja nova, diferente da do campo".

COMBATE

O combate por enquanto se dá de forma paliativa, porque não é possível usar elementos químicos fortes mais eficazes de controle na zona urbana. A população poderia ser duplamente prejudicada. A denúncia e a cooperação dos cidadãos, por isso, é fundamental. Ações próprias como o uso de uma fórmula caseira de inseticida também pode ajudar.
Recomenda-se que se dilua 3ml de sabão ou detergente em 1 litro de água e espalhe nas árvores onde há o foco do inseto", recomenda Nora Aires.

Fonte: O mossoroense
Imagem: Google

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