quinta-feira, 4 de novembro de 2010

SECA NA REGIÃO VAI PERMANECER ATÉ JANEIRO DO PRÓXIMO ANO, DIZEM ESPECIALISTAS



Tempo nublado, com presença de nuvens e diminuição do forte calor - predominante este ano. À primeira vista, o panorama climático parece já ter mudado em Mossoró. E não é à toa. Na última segunda-feira houve garoa numa parte da cidade, o que parece ser o sinal das primeiras chuvas. As expectativas, no entanto, terão que ser adiadas. Especialistas afirmam: chuva por aqui, só a partir do próximo ano.

"Esse clima diferente está ligado à pré-estação, que é o período pelo qual estamos passando, não quer dizer que vai começar o período de chuva", explica o professor de meteorologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), José Espínola Sobrinho. De acordo com o especialista, as chuvas que vierem à região serão isoladas, no geral fracas e rápidas, predominantemente localizadas.

O início deste mês está sendo marcado por um período de transição no clima, que já pôde ser observado no final de outubro, quando, depois de 200 dias de seca, choveu. Até dezembro, este quadro tende a permanecer estável. Mas isso não quer dizer que já agora os índices pluviométricos vão mudar, afirma o meteorologista.

Os sinais observados tratam-se, na verdade, de uma consequência do calor: "Por causa do calor e da transição do clima, os dias e a umidade vão começar a aumentar como reação, é uma preparação para o período chuvoso", afirma Espínola. Antes de janeiro, contudo, nada de dias seguidos de água ou fortes temporais.

E para 2011, as expectativas são mais animadoras. "Por enquanto, não é nada oficial, mas a gente observa agora a formação do fenômeno La Niña, que é o esfriamento do oceano Pacífico. Isso sempre traz uma maior umidade para a nossa região. Foi assim de 2007 para 2008 e de 2008 para 2009", diz. Entre 2009 e 2010, explica ainda o professor, houve o contrário: o El Niño, marcado pelo aquecimento do Pacífico. "Este fenômeno sempre traz seca para o interior do Nordeste".

Espínola insiste: o aparecimento do La Niña é uma observação prévia, ainda não oficializada pelos institutos de pesquisa. O professor da Ufersa conta que haverá uma reunião para discutir a questão climática nordestina na Paraíba, em dezembro. Até lá, tudo que for dito em relação ao assunto é apenas especulação.

Fonte: O Mossoroense

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